
EMERGENCIA
A classificação de risco em uma emergência de hospital, também conhecida como triagem, é um processo essencial para priorizar o atendimento aos pacientes com base na gravidade dos seus sintomas. Ela tem como objetivo assegurar que pacientes em situação mais crítica sejam atendidos primeiro, garantindo uma resposta rápida para os casos que representam maior risco de vida.
Esse sistema segue protocolos estabelecidos, como o Protocolo de Manchester, utilizado no Brasil e em outros países. A classificação de risco organiza os pacientes em diferentes níveis de prioridade, cada um identificado por uma cor. As cores e os tempos de espera sugeridos podem variar ligeiramente conforme o protocolo, mas geralmente seguem a seguinte lógica:
Cores e Prioridades da Classificação de Risco
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Vermelho – Emergência (Atendimento Imediato)
Pacientes em risco de morte ou que necessitam de intervenção urgente para preservar a vida. Exemplos incluem parada cardíaca, choque, acidentes graves, e hemorragias intensas.
Tempo de espera: Atendimento imediato. -
Laranja – Muito Urgente (Atendimento em até 10 minutos)
Situações de grande gravidade, mas onde o paciente ainda não está em risco de morte iminente, como crises convulsivas controladas ou dor intensa.
Tempo de espera: Até 10 minutos. -
Amarelo – Urgente (Atendimento em até 60 minutos)
Condições que precisam de atenção, mas que não oferecem risco imediato à vida. Exemplo: febre alta, dor moderada, traumas leves, desidratação.
Tempo de espera: Até 60 minutos. -
Verde – Pouco Urgente (Atendimento em até 120 minutos)
Casos sem risco de complicações imediatas. São queixas que, embora desconfortáveis, não representam risco iminente à saúde. Exemplo: dor leve, sintomas de resfriado comum, febre baixa.
Tempo de espera: Até 120 minutos. -
Azul – Não Urgente (Atendimento em até 240 minutos)
Situações que podem ser resolvidas em outro nível de atendimento, como postos de saúde. Exemplos: sintomas crônicos, questões administrativas, pequenos ferimentos.
Tempo de espera: Até 240 minutos.
Como Funciona a Classificação de Risco
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Avaliação Inicial: Quando um paciente chega à emergência, ele é rapidamente avaliado por um profissional de saúde treinado, como um enfermeiro, que verifica os sinais vitais, sintomas e queixas principais.
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Prioridade: Com base na avaliação, o paciente recebe uma cor que define sua prioridade de atendimento. Esse sistema visa organizar a fila de acordo com a gravidade, e não pela ordem de chegada.
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Reavaliação: Em alguns casos, se o paciente estiver aguardando atendimento, ele pode ser reavaliado para verificar se houve alguma mudança em sua condição que exija uma reclassificação.
Benefícios da Classificação de Risco
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Agilidade no Atendimento: Focar nos casos mais graves evita atrasos no tratamento de situações críticas.
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Otimização dos Recursos: O hospital consegue gerenciar melhor seus recursos humanos e tecnológicos, direcionando-os de forma eficiente.
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Segurança do Paciente: Reduz o risco de complicações graves em pacientes que poderiam piorar durante a espera.